REVISTA EXAME
Seu Dinheiro: Três razões para ser otimista
Depois de subir 122% em 2016, as ações da Petrobras valorizaram cerca de 15% neste ano; eventos recentes levaram analistas a prever nova onda de valorização
Por PATRICIA VALLE |
patricia.valle@abril.com.br
2 nov 2017, 06h02
A alta das ações da Petrobras perdeu fôlego: depois de subir 122% em 2016, os papéis valorizaram cerca de 15% neste ano, menos do que o Ibovespa. O problema foi o fato de as vendas de ativos da empresa terem ficado abaixo do esperado em 2017. Mas eventos recentes levaram os analistas a prever uma nova onda de valorização das ações. O principal deles é o otimismo com a abertura do capital da BR Distribuidora, controlada pela Petrobras. A operação pode acontecer ainda neste ano e gerar 10 bilhões de dólares para a empresa, o que representa metade da meta de vendas de ativos prevista até 2018. Além disso, a Petrobras deve receber, nas estimativas de analistas, de 12 bilhões a 15 bilhões de reais do Ministério de Minas e Energia como restituição pela baixa avaliação dos barris de petróleo vendidos ao governo em 2010, como parte do projeto de capitalização para explorar as reservas do pré-sal.
Para o banco UBS, apenas isso é suficiente para elevar o preço da ação em aproximadamente 15%. Por fim, o fato de o consórcio formado pela Petrobras ter vencido, no fim de outubro, o leilão para explorar três áreas do pré-sal também é visto como positivo. “A Petrobras tem um desconto médio de 15% em relação a seus concorrentes internacionais por causa do alto endividamento. Se continuar reduzindo a dívida, com a venda de ativos, por exemplo, o potencial de alta é grande”, diz Luis Gustavo, analista da corretora Guide. Oito de 13 analistas que acompanham a empresa recomendam comprar suas ações, segundo a empresa de tecnologia e informação Thomson Reuters.